RIO DE JANEIRO – Na “reabertura” do Rock in Rio, na próxima quinta-feira, a Cidade do Rock vai se transformar em uma imensa pista de dança para 100 mil pessoas. É o que promete Jay Kay, o vocalista e líder do Jamiroquai, uma das atrações mais aguardadas da noite, que terá ainda o Concerto Sinfônico Legião Urbana, Janelle Monáe, Ke$ha e Stevie Wonder.
“Nós sempre queremos fazer um grande show. Nosso set list atual é uma mistura de sucessos antigos com novas canções [do último álbum lançado, Rock Dust Light Star, de 2010]. A gente vem experimentando também novos arranjos em algumas faixas que nós temos certezas que os fãs do Jamiroquai no Brasil vão adorar”, afirma Jay Kay, por e-mail, em entrevista exclusiva aoMSN Entretenimento.
Formado no início dos anos 90, o Jamiroquai tornou-se o grande precursor mundial do movimento acid jazz londrino – combinando elementos da soul music, jazz, funk e hip hop. Com os dois álbuns de estreia do grupo ("Emergency On Planet Earth", de 1993, e "The Return Of The Space Cowboy") como carros-chefes, Jay Kay e sua trupe já venderam no mundo a impressionante marca de 35 milhões de discos.
Passadas duas décadas, apenas o vocalista e líder da banda permaneceu da formação original – o baterista Derrick McKenzie juntou-se ao grupo em 1994 e é o segundo integrante mais antigo. Nem por isso, esclarece Jay Kay, a banda vai deixar de transformar a Cidade do Rock em uma enorme e empolgante pista de dança para 100 mil pessoas.
“Muita coisa mudou nesses últimos 20 anos, isso é inegável. Mas o importante é que o espírito é o mesmo! Sabemos que teremos uma multidão aí, será uma festa com muita diversão, podem ter certeza. É sempre uma honra tocar no Brasil”, declara Kay, cuja última passagem pelo país foi em outubro do ano passado, num festival em São Paulo que reuniu também o Snow Patrol – os britânicos tocaram no Rock in Rio no último sábado.
A confiança transparecida na entrevista tem duas claras razões para o líder do Jamiroquai. “Sinto que há uma forte relação da dance music com a América do Sul. Claro que varia de país para país, mas quando tocamos em países latinos da Europa, por exemplo, sempre sentimos que o público é mais dançante, mais empolgante”, explica. “O Brasil tornou-se um grande mercado, com uma economia forte, é hoje um grande lugar para se tornar bem sucedido comercialmente. E a atmosfera cultural, a alegria e vontade de festejar funcionam brilhantemente com nossa música. Vocês entendem o que a gente faz”, completa.
Kay e seu cocar: da tribo indígena "Iroquoi", com a palavra "jam", nasceu o Jamiroquai
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Por um mundo melhor?
Muito antes do discurso em prol da sustentabilidade, tão em voga no dias atuais, inclusive no slogan do próprio Rock in Rio – Por um mundo melhor, o Jamiroquai já escrevia canções, cujas letras tinham clara preocupação ambiental. O “acid jazz sustentável” esteve sempre presente em músicas como “When You Gonna Learn” (quando vocês vão aprender?) e “Emergency on Planet Earth” (emergência no planeta Terra), que na opinião de Kay Kay, 20 anos depois, ganharam também um tom de profecia.
Muito antes do discurso em prol da sustentabilidade, tão em voga no dias atuais, inclusive no slogan do próprio Rock in Rio – Por um mundo melhor, o Jamiroquai já escrevia canções, cujas letras tinham clara preocupação ambiental. O “acid jazz sustentável” esteve sempre presente em músicas como “When You Gonna Learn” (quando vocês vão aprender?) e “Emergency on Planet Earth” (emergência no planeta Terra), que na opinião de Kay Kay, 20 anos depois, ganharam também um tom de profecia.
Divulgação
“A música sempre tem o poder de mudança, de força do bem, especialmente por unir as pessoas. Outro dia alguém estava me falando sobre o fato de a quantidade de peixes nos oceanos estar diminuindo drasticamente. Ou seja, os fatos estão se tornando ainda mais claros do que quando escrevi as canções nos anos 90. Não é bom do mesmo jeito”, desabafa.
Passeando no Rio de Janeiro
Vida de artista é sempre com agenda cheia, ainda mais quando a turnê passa bem longe de casa. O mesmo acontece com o Jamiroquai: inúmeros compromissos antes do show, como passagem de som, atender jornalistas etc, etc. Mas depois da apresentação, aí já é uma outra história, meu amigo.
“Ainda não decidimos o que vamos fazer por aí, estamos ansiosos, mas sempre temos compromissos, e mais compromissos, e temos que estar bem para o show, descansados. Mas sempre fazemos uma festa nossa depois de cada show, e tenho certeza que não existe lugar melhor para se divertir do que no Rio de Janeiro. Vamos sair por aí”, sentencia Jay Kay.
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