quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Momento Didatico

Hoje Estou indicando que leiam O Homem Invisivel de Ralph Ellison

Nesse incrível conto de ficção científica, Robert Silverberg nos mostra a trajetória de um condenado à invisibilidade pelo crime de frieza, ou seja, recusa em expor seus problemas aos seus companheiros humanos. Escritor de uma espécie de ficção científica realista, Silverberg nos transmite tanto o futuro e a fantasia quanto os problemas comuns aos humanos. Reunidos estes dois ingredientes em um só contexto, surge o produto-ideal: um conto que não se desliga por completo da realidade terrena. O caso relatado neste conto se passa em um futuro não muito distante. Inicia-se em 11 de maio de 2104. Conforme dissemos outrora em frase supracitada, o personagem em questão foi julgado e condenado à invisibilidade. Fixada a marca da invisibilidade em sua testa, ele passa a ser ninguém dentro de uma imensa cidade . Como ele fora frio para com seus companheiros, agora em um período de um ano ele experimentará igual forma de tratamento pelos cidadãos. Ninguém pode manter contatos com um invisível ou prestar-lhe auxílio. A invisibilidade é o destino daqueles que quebram tal regra. Essa é uma forma de isolamento em meio à grande massa, o que torna ainda mais doloroso para o invisível pelo fato de estar sendo expressamente ignorado. A primeira experiência que tem ao sair do tribunal e voltar para as ruas com o símbolo da invisibilidade na testa, se passa nesta mesma tarde quando decide ir ao jardim suspenso de cactos. Ao dar o dinheiro e pedir a entrada, a moça da bilheteria finge não vê-lo e as pessoas que começam a chegar o empurram de lado como se ele não estivesse ali. Já que ele é invisível, quem o verá? Quem poderá detê-lo? Em meio a esta situação, dá a volta pelo balcão e pega uma entrada e ingressa no jardim. Apesar de pensar ser este o local apropriado para o seu ânimo, os cactos não o fizeram bem e logo se retirou. De volta ao seu apartamento, o personagem narrador começa a pensar em seu estado e constrói a ilação de que não seria tão difícil passar um ano daquele modo. Afinal, nunca precisará de forma exagerada dos humanos. No entanto, esse pensamento se transforma no decorrer do tempo. Sendo invisível, ele passa a praticar coisas que não praticará quando estava em “liberdade”, tais como roubar (que era fácil demais e portanto perdia seu significado. Além disso, os prejuízos desta ação eram sanados pelo governo) e entrar em casas de banho feminino. A partir do momento em que uma pessoa se torna invisível, todas as coisas são liberadas para ela, mas também negadas.

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